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Web Summit 2022: as tendências imperdíveis para as marcas e o consumo do futuro

Em mais uma edição com ingressos esgotados, o Web Summit 2022 deu a tônica do que devemos observar nos próximos anos em campos como a economia criativa, o consumo conectado às plataformas sociais e o futuro da internet. E claro, como as marcas devem se comportar nesse ambiente.

O evento ocorre anualmente em Lisboa, em Portugal, e reuniu neste ano cerca de 71 mil pessoas, na primeira semana de novembro. Por que ele chama tanta atenção?

Entre as empresas que frequentam o encontro estão desde aquelas que têm definido os rumos da tecnologia, como Google e Amazon, até portais de notícias e jornais como o The New York Times, bancos, companhias de marketing, agências de comunicação, e todo tipo de negócio que é impactado pela tecnologia e a internet. Ou seja, o evento traz perspectivas interessantes para qualquer um ligado à tecnologia e consumo.

Por isso, a Jahe Marketing separou algumas das principais tendências apresentadas nas discussões do Web Summit 2022.

Um dos palcos da conferência, aliás, era especialmente focado em Marketing. Nele, um dos destaques foi o painel sobre transformação digital e o futuro do Marketing, com os palestrantes Tracy-Ann Lim, Chief Media Officer (CMO) do banco JPMorgan Chase, e Lars Silberbauer, CMO da empresa finlandesa de telecomunicações HMD Global. O painel foi mediado pela jornalista Daniela Braun, do jornal brasileiro Valor Econômico.

Entre os destaques apresentados por Lim está o fato de que o mundo pós-pandemia experimentará as transformações aceleradas rumo ao digital causadas pela covid-19. E nesse cenário, os clientes procuram experiências mais relevantes. Essa deve ser uma das chaves para o marketing eficiente, dando atenção a todos os pontos de contato do público com as marcas. O fato é que a transformação digital do marketing é um caminho sem volta — como já comentamos aqui no hub de conteúdo da Jahe.

Marketing de influência, marcas e criadores | Já não é novidade que autenticidade é algo que os consumidores procuram cada vez mais nas marcas. Essa tendência somente irá se aprofundar nos próximos anos. Tanto para novas ideias como para produtos que estão nas prateleiras há décadas. Por exemplo, a quase centenária marca LEGO esteve na Web Summit para mostrar que conseguiu se manter atual cuidando de três elementos: relevância cultural, valorização das comunidades, e renovação do produto sem perder a essência, abraçando o mundo digital em games e maneiras interativas de chegar ao consumidor.

Um painel que também chamou atenção foi “A publicidade está morta: como manter o crescimento vivo com parcerias de criadores e influenciadores”, com a influencer Madi Webb e a agente de digital influencers Becca Bahrke. As painelistas discutiram como o marketing digital tradicional, baseado em mídia online, está migrando para o marketing de influenciadores.

Elas apontaram que as gerações mais novas têm deixado de lado as buscas nos mecanismos de buscas tradicionais para compra de produtos e migrado para dentro de espaços como o TikTok. Por causa disso, publicitários e marcas têm o desafio de estar de forma coerente, natural e estratégica nessas redes. Não basta estar visível ao público. Agora, é preciso conquistar vendas nas redes sociais.

Outro painel, com os influenciadores Hyram Yarbro e Brad Mondo, deu pistas do próximo passo para esses profissionais: desenvolver suas próprias marcas. De acordo com eles, diversificar os negócios é uma maneira de ampliar a conexão com suas audiências e, ao mesmo tempo, reduzir sua dependência das plataformas digitais – que mudam suas regras com frequência.

Essa estratégia pode abrir espaço também para as companhias, que têm novas oportunidades de se unir a esses criadores de conteúdo. Para além de contratá-los como garotos-propaganda, podem formar parcerias para lançar produtos e serviços.

Inteligência artificial, Web3 e metaverso | Se o noticiário chegou a abordar as ideias de metaverso como algo para o qual o mundo ainda não estava pronto, essa percepção foi oposta durante o Web Summit 2022. Aliás, quem esteve no evento pôde encontrar diversos estandes de empresas expositoras que ofereciam tours virtuais com ferramentas como óculos de realidade virtual.

Por que essa tendência não tem previsão de arrefecer? Uma pista está em um dado apresentado pela participante R/GA que, em um dos painéis, mostrou que 68% dos usuários online acreditam que seus avatares representam traços da personalidade que não conseguem transmitir no mundo offline. Já metade dos entrevistados admite que se sente mais confiante quando interage no mundo virtual. Por isso, quem apostar em customização e mais exclusividade para seus clientes está no caminho certo – desde um sabor exclusivo de pizza ou sobremesa, até o visual único em um personagem de um game.

De forma geral, também existe uma percepção entre os entusiastas do metaverso: uma das únicas coisas que falta para o modelo vingar é tempo para que mais pessoas e marcas interajam dentro deles.

Entre esses entusiastas esteve na Web Summit o cofundador de The Sandbox, Sebastian Borget. The Sandbox é um jogo de realidade virtual do qual várias marcas e artistas famosos já fazem parte – desde Gucci a Snoop Dogg e Paris Hilton. As transações do ambiente virtual podem ser feitas por meio de criptoativos.

E por falar neles, essa é uma das novas ferramentas que a Web3 tem disponibilizado. Web3 (ou Web 3.0) é a expressão utilizada para se referir à nova fase da Internet, possibilitada pelo uso da tecnologia blockchain, em plataformas financeiras, jogos como The Sandbox, redes sociais e uma infinidade de outras possibilidades.

Você já leu sobre blockchains aqui no blog da Jahe! Mas vale lembrar: os blockchains são como livros de registro em que dados são armazenados em tempo real, incluindo transações envolvendo criptoativos.

Se isso tudo parece muito abstrato, o mais importante é entender que a ideia principal da Web3 é a descentralização do poder dentro da web. De forma geral, isso permite que qualquer pessoa possa fazer diversas ações dentro da internet sem depender de um intermediário. Estamos falando de independência em relação a empresas, bancos e outras instituições.

Mas isso quer dizer que todas as marcas têm de buscar essa digitalização intensa a partir de agora?

Obviamente, nem todas as tendências e transformações podem ser empregadas em todo o tipo de negócio, mas acreditamos que essas discussões possam inspirar e trazer reflexões para o seu negócio.

Ah, e se você ficou interessado em participar do evento, uma novidade boa! Em 2023, a Web Summit ganhará também uma edição no Rio de Janeiro, além do tradicional encontro em Lisboa.

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