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Já conhece os NFTs? Descubra o que são e como as pequenas e médias empresas podem entrar nesse universo!

Você pode não ter se interessado pelo assunto até aqui, mas a gente duvida que tenha conseguido escapar de qualquer menção nos sites de notícia ou nas redes sociais aos NFTs, ou non-fungible tokens.

Eles estão em todo o lugar e já ganharam a atenção de grandes empresas, celebridades e influenciadores digitais. Agora, você sabe o que são, exatamente? E mais: como o seu negócio pode se beneficiar desse novo fenômeno? Por aqui, a gente te explica tudo!

Em primeiro lugar, vamos entender o nome. Em português, o termo NFT se traduz como certificados não-fungíveis – e aqui, já vale uma explicação rápida: fungível é um termo jurídico, que define aquilo que deixa de ter validade, que se esvai.

Ou seja, NFTs são como certificados digitais e permanentes, que garantem que alguém possui um item que só existe no ambiente digital. Esse certificado é registrado no blockchain, o mesmo tipo de estrutura online que dá validade às criptomoedas, como a bitcoin. Para facilitar: o NFT seria o equivalente ao registro de um bem em cartório, mas esse bem só existe online (e o blockchain é o cartório).

Resumindo, NFTs podem ser utilizados como certificado de posse de como obras de arte, elementos utilizados dentro de games (como as vestimentas de um personagem, ou produtos que ele usa em seu mundo) música, artigos colecionáveis como cards digitais, terrenos virtuais em ambientes de metaverso, ou até vídeos de momentos históricos.

É como se, no meio de tantas cópias, downloads, capturas de telas etc. surgisse agora um certificado que garante que apenas uma pessoa é de fato dona daquele material digital.

Pode parecer bastante abstrato, mas o fato é que é uma ideia que vem movimentando investimentos ao redor do mundo. Apenas em 2021, as transações a partir de NFTs somaram cerca de US$ 41 bilhões, de acordo com a agência de notícias Bloomberg. O número é estimado, pois as transações são feitas de maneira descentralizada, mas representa um crescimento espantoso em relação a 2020, quando o valor era de cerca de US$ 100 milhões!

E o motivo pelo qual diversas marcas já estão apostando nesse tipo de item está ligado a tendências como o metaverso.

Vamos de exemplo?
Digamos que você queira entrar num ambiente digital no qual será necessário criar uma sala de reunião. Artistas e marcas podem vender a você um quadro, uma decoração ou um item de escritório que só existe naquele mundo virtual, e as transações podem ser feitas por meio de NFTs.

Não é apenas um projeto, já que multinacionais vindas de fora, como Nivea e Nike, a brasileira Alpargatas (que é dona da marca Havainas) e a marca de calcinhas absorventes Pantys já começaram a investir nesse ramo.

No caso da empresa responsável pelas Havaianas, o primeiro leilão ofereceu um GIF chamado de Happy Feet (ou, pés felizes), em maio de 2021. A criação foi arrematada por R$ 5.600, e parte do lucro foi revertida para doações. No dia 31 de janeiro de 2022 a Pantys lançou 33 itens entre fotos, vídeos e GIFs registrados com NFTs. As obras terão, também, parte do valor de venda destinado a doações.

Além disso, um exemplo que ganhou destaque recentemente é a coleção de arte “Bored Ape Yatch Club”, lançada em 2021, que reúne cerca de 10 mil ilustrações de macacos entediados e já movimentou US$ 1,2 bilhão. Os bichos modernos conquistaram o jogador brasileiro Neymar e o cantor Justin Bieber, que pagaram milhões para ter um dos desenhos e utilizarem de de maneiras variadas – incluindo como suas fotos de perfil em redes sociais.

Quem faz parte desse “clube” de colecionadores também tem acesso a eventos exclusivos, como uma festa em um iate em Nova York ou shows de bandas populares, além de participar de fóruns fechados de conversas na Internet. Ou seja: já deu para perceber que, além da compra de um bem, as NFTs estão relacionadas à ideia de comunidade, não é?

Mas isso é só para empresas grandes, certo?
Não necessariamente. À primeira vista, pode parecer que NFT é assunto somente para grandes empresas digitais – como Google, Facebook ou Twitter – ou de companhias que têm muito dinheiro para apostar (e talvez perder) em novidades, como grandes marcas, ou milionários excêntricos.

Mas em um mundo cada vez mais digitalizado, até companhias menores podem começar a se arriscar nesse universo. Pequenas e médias empresas podem dar seu primeiro passo a partir de ideias como a All Be Tuned, por exemplo.

O portal brasileiro comercializa música e artes visuais independentes por meio de NFTs. Trata-se de um marketplace (a exemplo de portais como o Mercado Livre, por exemplo), que permite a artistas emitir e vender seus tokens. Em sua estreia, em março de 2021, o All Be Tuned levantou R$ 60 mil na venda de apenas uma música, em 24h.

É importante levar em consideração, no entanto, que nem todo tipo de negócio deve entrar de cabeça nessa novidade.

Conhecer bem seu público-alvo, seus interesses e como sua audiência se relaciona com o mundo digital é crucial para apostar em um segmento como esse. Tudo que envolve criptomoedas, criptoativos (como obras de arte adquiridas em NFT) e investimentos em relação a metaversos possui ainda níveis altos de aposta e risco.

No entanto, pequenas e médias empresas podem começar a se aventurar com iniciativas como:

criação de pequenos itens colecionáveis, para fidelizar clientes e aumentar o buzz da sua empresa no ambiente online. Se sua companhia tem um público jovem e conectado com tecnologia, a mera possibilidade de que seus clientes possam receber itens digitais rastreáveis em NFT pode gerar burburinho online, e viabilizar parcerias com designers gráficos, músicos e outros tipos de criadores.

Além disso, como no exemplo dos macacos entediados, é possível criar uma comunidade só com os detentores das suas NFTs, criando esse ar de exclusividade que muitos consumidores buscam.

marketing social: é possível aplicar NFTs para arrecadar dinheiro, e ajudar causas sociais. Dessa forma, sua marca pode agir em dois níveis – aumentando a visibilidade de causas que podem ajudar populações vulneráveis e comunidades locais, e se conectando a uma audiência interessada em novas tecnologias de consumo.

captação de recursos junto a apoiadores: alternativas em NFT podem ser aplicadas para criar campanhas de financiamento. Por conta da tecnologia de blockchain (pense nisso como uma livro-caixa virtual), os apoiadores conseguem rastrear o investimento feito e passam a ter posse de um pedaço virtual da companhia.

Ok, mas como crio meus itens em NFT?
Existem companhias que auxiliam na entrada de interessados nesse universo dos chamados criptoativos. É possível transformar basicamente qualquer coisa em um produto registrado com NFT, mas o primeiro passo é se cadastrar em uma plataforma como a Ethereum.

Essa é uma das plataformas capazes de executar ações com a tecnologia blockchain. Com uma carteira nesse site, é possível registrar seus produtos e seus preços.

Existem alternativas que geram NFTs sem custo algum, enquanto outras cobram preços que podem variar de US$ 70 a US$ 200, investimento relativamente baixo para empresas.

Este artigo da FinanceOne dá uma visão geral de como começar a criar NFTs.

Com certeza, todo o leque de alternativas possíveis com a tecnologia de blockchain e tokens não fungíveis abre muitas possibilidades e alguns riscos. Talvez não seja o momento para sua empresa se jogar no mundo NFT, mas saber como ele funciona é o primeiro passo para aproveitar uma oportunidade no futuro, certo?

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