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O fracasso ensina: conheça quatro marcas que quase faliram, mas deram a volta por cima

E se Albert Einstein, que era um aluno com notas baixas na escola, tivesse desistido da carreira acadêmica?

Imagine se, antes de criar o Mickey Mouse, o cartunista Walt Disney deixasse de lado os personagens que tinha na cabeça, depois de ser demitido por não ser “criativo o suficiente”?

Será que teríamos clássicos como O Iluminado, se Stephen King tivesse largado a máquina de escrever depois de seu primeiro livro ter sido rejeitado 30 vezes?

Histórias como essas são lugar-comum sempre que pensamos em motivação para seguir em frente com nossos objetivos. Mas sempre retornamos a elas por um motivo: a frustração que dá sequência ao fracasso é difícil de engolir, mas possui seu valor como lição a ser aprendida.

O escritor e palestrante norte-americano Ryan Leak, autor do livro “Chasing Failure” (em português, procurando o fracasso) defende que falhar não é apenas inevitável, como parte do caminho para o sucesso.

“Desde crianças, fomos educados para temer o fracasso de toda forma. É ruim reprovar em uma matéria. Não podemos falhar em um relacionamento. Sem dúvida não devemos falhar nos negócios (…) Essa ideia de perfeição passa a fazer parte de nossas vidas. E apesar do fato de que todos erramos, continuamos a permitir que nada menos do que essa perfeição seja nossa régua (…) Mas gosto de lembrar que o fracasso é um acontecimento, não é uma roupa – por isso, não o vista. Temos que mudar nossa percepção sobre isso”, disse em entrevista à revista Forbes.

Mas quais são as características dos negócios que, frente a prognósticos pouco favoráveis, conseguiram pisar nos freios e desenhar uma curva de 180°? E como eles podem inspirar empreendedores e empresários a crescer?

Selecionamos algumas das histórias mais interessantes de empresas que fugiram da falência ou se reinventaram para alçar novos voos. Continue lendo para conhecê-las!

Lego

Entre 1999 e 2003, a dinamarquesa Lego quase fechou as portas. Uma série de decisões equivocadas levou a adorada marca de brinquedos de montar, fundada em 1934, ao ponto de possuir no mercado produtos que eram vendidos por menos do que custavam para serem fabricados. Além disso, os conjuntos novos de blocos que chegavam às prateleiras não empolgavam os consumidores como antes.

Quais foram as medidas adotadas para sair do sufoco? A empresa reestruturou seu time de designers, contratando criadores que tinham uma conexão emocional com os produtos desde crianças. Além disso, tirou o excesso de brinquedos de linha e diminuiu o número de peças fabricadas – tudo para voltar a ter controle da própria produção.

Após a faxina na casa, a companhia partiu para parcerias com franquias como Harry Potter e Star Wars, que se tornaram um sucesso à parte, e lançou até mesmo sua própria franquia de videogames, que se mantiveram fiéis à filosofia Lego e conectaram fãs adultos e crianças novamente.

De 2004 para cá, além das revitalizadas coleções para fãs de todas as idades (até Lego com os personagens do seriado “Friends” já foram lançados), a marca chegou aos cinemas com sucessos como o “LEGO Batman” (2017) e “Uma Aventura Lego” (2014).

Havaianas

Nos anos 90, as sandálias Havaianas, marca da Alpargatas, perdiam muito espaço para versões piratas do calçado. Para mudar o rumo da história, a empresa manteve o projeto original do produto, com uma diferença: procurou expandir o alcance da marca e mudar seu público alvo, priorizando consumidores das classes A e B.

Além de criar novas coleções e leques de cores, investiu em anúncios com famosos e no horário nobre na TV. A distribuição do produto também passou a ser feita em nichos: cada ponto de venda recebia modelos diferentes de acordo com o público do local. Em 12 anos, os chinelos viraram artigo de moda. Até a Chanel já fez parceria.

Apple

Pode parecer difícil de lembrar hoje em dia, mas a Apple também quase fechou as portas. Antes do retorno de Steve Jobs à companhia, a marca da maçã perdia cerca de US$ 1 bilhão por ano e via todo o seu mercado sendo dominado pela Microsoft e seu Windows.

As coisas começaram a mudar em 1997, com o retorno do fundador Steve Jobs à empresa (após ter sido demitido em 1985) e o subsequente lançamento do colorido iMac G3 com uma inovação: monitor, CPU e caixa de som era o mesmo aparelho. Após anos, a Apple voltou a ter um produto que chamou a atenção do mercado. Em 2007, veio o lançamento que mudou o mundo, e tornou a empresa a mais valiosa do planeta: o iPhone.

Marvel

Valorizar o capital intelectual – como as ideias para os produtos e a capacidade de transformá-los em algo atraente para o público – foi o que a Marvel fez depois de quase sumir do mapa.

Há cerca de 20 anos, a “Casa das Ideias”, como é conhecida entre os leitores de quadrinho, precisava de dinheiro em caixa, mas a indústria de histórias de super-heróis, de modo geral, enfrentava baixas vendas, e a empresa tinha um histórico de investimentos malsucedidos em brinquedos e edições para colecionadores.

As coisas começaram a mudar quando a companhia vendeu parte de seus personagens para o cinema para a FOX, que fez surgir sucessos como X-Men (2000). A própria editora, contudo, ainda faturava pouco.

Tudo mudou em 2008, quando o primeiro Homem de Ferro foi lançado, dando início ao universo cinematográfico da Marvel, que hoje é um gigante do entretenimento e parte do conglomerado Disney – e pensar que lá atrás, o pai do Mickey Mouse foi demitido por falta de criatividade!

Esperamos que esses exemplos de guinada frente a momentos difíceis também inspirem você e sua companhia. E que eles sirvam para inspirar novas maneiras de contar a sua história e oferecer seus produtos aos consumidores!

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