Depois de um 2021 sem festa por causa da pandemia e de uma comemoração fora de época em 2022, o Carnaval deve chegar com tudo em 2023. A animação dos brasileiros com a data fica clara ao considerarmos que, a mais de um mês do feriado, já há, por exemplo, hotéis com reservas esgotadas no Rio de Janeiro – e nenhum ingresso disponível nos camarotes da Sapucaí!
E se é inegável que o Carnaval é um dos principais feriados do calendário brasileiro, é também certo que as marcas podem – e devem – aproveitar a oportunidade para se aproximar dos clientes e gerar leads.
Pode parecer precipitado falar sobre isso (afinal, acabamos de celebrar a chegada do ano novo), porém, uma boa estratégia de marketing depende de planejamento e do timing correto para ter sucesso. A Jahe Marketing separou algumas dicas para sua empresa se destacar nesse período. Siga com a gente!
Conheça seu público
O primeiro passo ao criar uma boa estratégia de marketing para o Carnaval é conhecer o seu público. Isso porque a comunicação com um grupo jovem que gosta de cair na folia é diferente daquela destinada a famílias com crianças pequenas e que aproveitam os dias de folga para ir à praia ou ao hotel fazenda. Há, ainda, marcas B2B (que vendem diretamente para outras empresas), cujos clientes estão preocupados com os resultados pós-feriado.
Ou seja: a campanha cheia de confete, serpentina, samba e festa não funciona para todos os públicos. É preciso entender o perfil do consumidor para alinhar uma boa comunicação, já que as ações durante o Carnaval são importantes para gerar identificação e aproximação.
Por exemplo, uma pessoa que aproveita a ocasião para descansar em casa pode gostar que uma marca de pipoca faça um conteúdo sugerindo filmes para ela assistir no período. Além de simpatizar com a empresa, que talvez sequer conhecesse, ela pode ficar curiosa para experimentar aquela pipoca enquanto assiste a um dos filmes indicados pela marca.
Temas estratégicos
Uma vez que a empresa conhece o perfil do seu público-alvo, chegou a hora de elaborar os temas da campanha de Carnaval. O engajamento ambiental e social – com especial atenção para a defesa dos direitos das mulheres e dos grupos LGBTQIAP+ durante as festas – ganhou importância fundamental nos últimos anos, e deve ser levado em consideração.
Um exemplo de resultado negativo ao ignorar essas temáticas é a polêmica envolvendo a marca de cerveja Skol no Carnaval de 2015. Na ocasião, a empresa lançou a campanha “Esqueci o ‘não’ em casa”, e foi acusada de fazer apologia à violência sexual.
Nos anos seguintes, mudou a estratégia, abraçando a defesa contra a violência à mulher e o combate ao preconceito de raça, gênero e sexo.
Em 2018, a marca de cerveja lançou a campanha “No Carnaval, tá redondo, tá junto”, que usou memes e o bordão “desce redondo” ou “desce quadrado” para conscientizar sobre assédio. Em um dos diálogos, um folião diz “No Carnaval, tem que chegar pegando” e é classificado como um comentário quadrado. Em seguida, o amigo diz “Pegando o telefone, pegando intimidade, pegando autorização para pegar. Pego?”, fazendo alusão ao “descer redondo”.
Porém, quando falamos de companhias B2B, a mesma estratégia pode não funcionar. Escritórios de contabilidade e fornecedores de softwares para o varejo, por exemplo, podem dar dicas para os clientes venderem mais durante ou no pós-feriado. Já um banco pode aproveitar para dar dicas de segurança, tais como não usar o cartão em estabelecimentos que não são de confiança e não informar a senha para terceiros.
Mesmo abordando temas sérios, a comunicação pode ser adaptada ao contexto da folia.
Marketing digital x live marketing
Hoje, a maioria das marcas aproveita o Carnaval para fazer algum tipo de campanha digital, envolvendo promoções ou não. Afinal, conforme mencionamos, essa é uma oportunidade para se conectar com o público-alvo e as redes sociais são a melhor maneira de fazer isso atualmente. Elas são uma boa opção porque têm custos menores quando comparadas a anúncios na TV e podem chegar a mais pessoas.
Por outro lado, o feriado, assim como os dias anteriores e posteriores, é uma das principais chances do ano para alavancar o awareness de marcas cujos produtos conversam diretamente com a festa, a exemplo de cervejas, preservativos, maquiagem e aplicativos de transporte. Nesses casos, o live marketing pode ser uma boa escolha para estar ainda mais próximo do consumidor. Veja alguns exemplos:
– Brahma
A Brahma é uma das marcas que sempre investem em divulgação durante o Carnaval, tanto em campanhas para redes sociais e TV quanto em live marketing. Em 2022, as festividades foram adiadas em razão da pandemia, então a empresa lançou a campanha “O show tem que continuar”, incentivando as pessoas a manterem a chama carnavalesca viva onde estiverem.
Outra ação tradicional na marca é o camarote que mantém no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Todos os anos, o espaço reúne celebridades, influenciadores e amantes do samba, que pagam uma quantia para entrar na área VIP onde acontecem shows paralelos aos desfiles das agremiações. Inclusive, o Camarote Brahma é um dos mais requisitados do Carnaval paulista.
– Olla
A Olla também aposta, todos os anos, em campanhas de Carnaval. Em 2020, por exemplo, a marca de preservativos adotou o discurso “Seu Carnaval, suas regras”, no qual o público preenchia um formulário indicando regras como “vou pensar em namorar só após o Carnaval” e “vou abrir o relacionamento só para curtir a pegação”, e divulgava nas redes sociais – uma maneira divertida e criativa para divulgar a marca entre os foliões.
Além disso, a Olla também foi às ruas de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador para distribuir brindes e preservativos. O objetivo foi incentivar que as pessoas se divertissem seguindo as próprias regras, mas sempre protegidas.
– Uber
Os aplicativos de transporte são outra categoria que se beneficia das festividades carnavalescas, já que muitas pessoas aderem ao serviço para evitar o movimento do transporte público ou porque beberam e não podem dirigir. Em 2022, a Uber também aproveitou o adiamento dos desfiles e do Carnaval de rua para chamar a atenção do público, adesivando veículos que circularam no Rio de Janeiro e em Salvador.
Os carros coloridos tinham os dizeres “Modo quesito-alegria-nota-10” nas portas e caixas de som. Os passageiros que embarcaram ganhavam um kit com chapéu, bandana, máscara de proteção e álcool gel, incentivando os cuidados contra a Covid. A ideia foi dar um “gostinho” da alegria e das cores do Carnaval enquanto as festas presenciais ainda não tinham data para acontecer.
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