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Inteligência artificial domina os palcos do Web Summit 2023 – confira os destaques do evento!

Mais de 70 mil pessoas estiveram em Lisboa (Portugal) para acompanhar as discussões do Web Summit 2023, realizado entre os dias 13 e 16 de novembro. Ao todo, visitantes de 153 países estiveram no evento. A edição portuguesa deste ano é a primeira desde que os organizadores lançaram, no Rio de Janeiro, a “filial” brasileira do evento, que é considerado o principal encontro de tecnologia, inovação e tendências para o consumo em todo o mundo.

Para além das novidades que a organização prometeu levar ao palco do Altice Arena, como previsões realistas sobre computação quântica, esta edição também possuía uma missão especial: tirar dos holofotes uma polêmica sobre a guerra entre Israel e Hamas, que acabou por fazer com que o CEO Paddy Cosgrave se demitisse da direção do evento (sob ameaças de que diversos patrocinadores de peso, como Amazon, Meta, Google, Intel, Siemens, cancelassem a participação – o que de fato ocorreu).

A tarefa coube a Katherine Maher, nova liderança do Web Summit, que não deixou de comentar que “todos temos direito de nos expressar livremente opiniões, mas devemos pesar também o impacto do que dizemos”. Com as polêmicas superadas – e um recorde na presença de startups no evento, a nova CEO deu o tom do evento: já não é possível debater o futuro sem falar extensivamente do avanço da inteligência artificial.

Um dos especialistas convidados para falar sobre o tema foi Andrew McAfee, codiretor da Iniciativa para a Economia Digital, do MIT – Massachusetts Institute of Technology (MIT). Para ele, a inovação neste terreno deve acontecer livremente. Na impossibilidade de que erros sejam absolutamente evitáveis, é importante que eles sejam simples de se corrigir.

O professor defendeu que leis para pesquisa e desenvolvimento são necessárias, mas que a inovação não deveria esperar autorizações de órgãos legisladores. “O processo de inovação tem algo intrínseco a ele: o caos, a incerteza. Não é possível saber de onde surgirá uma inovação. O que acontece é que os defensores de um arcabouço regulatório top to bottom acham que escolhem entre microgerenciamento e turbulência. Mas quem escolher microgerenciamento vai ter turbulência do mesmo jeito.”

São inovações que, se um dia pareciam cenas da ficção científica, já estão cada vez mais incorporadas ao nosso cotidiano, inclusive na relação com marcas e produtos.

Um dos exemplos foi a apresentação da Defined.ai, empresa portuguesa cuja fundadora Daniela Braga apresentou Diana, uma concierge/assistente virtual que compreende inglês e português num único enunciado, ou seja, sem que seja preciso alterar qualquer definição ou traduzir qualquer prompt (perguntas e comandos).

Diana foi desenhada em parceria com Meta, OpenAI (criadora do ChatGPT) e Microsoft. A intenção é que ela possa ser integrada a qualquer serviço público ou privado, com o intuito de facilitar o cotidiano ao solucionar dúvidas sobre trajetos em uma cidade, marcar uma consulta, entre outras tarefas.

O que pensam as marcas para o Marketing em 2024?

Entre os destaques para o mundo do marketing e comunicação, o painel Marketing em 2024 reuniu diretores das marcas Lush, Pandora e Pace para falar sobre tendências que estão movimentando os consumidores e devem se prolongar para o ano que vem.

Como falar bem com os consumidores a qualquer momento, evocando as emoções e atenção do público? As marcas apontaram estratégias diferentes para atender a esse objetivo.

A Lush, por exemplo, marca inglesa de produtos higiene e cosméticos artesanais, saiu de diversas redes sociais em 2021: Instagram, Facebook e TikTok não entram no leque de canais da companhia, que optou por comunidades em que acredita estar mais próxima dos consumidores: Reddit e Discord, explicou a diretora Annabelle Baker. Para ler mais sobre como as marcas estão usando o Discord, leia este artigo do nosso hub de conteúdo!

A decisão baseou-se em dois pontos principais: retirar a marca de um ambiente considerado nocivo para adolescentes, um dos grandes públicos da Lush, e para adotar um posicionamento contra os efeitos nocivos que as redes tiveram nas eleições de 2016 nos Estados Unidos.

A Pandora, por sua vez, apontou que a sua escuta ativa nas redes sociais é fundamental para a criação de novos produtos, como joias baseadas em grupos musicais ou personagens de filmes. A lição aqui é que a conexão com os consumidores é o ativo mais valioso das empresas, e rende bons frutos como a inspiração para novos produtos.

Aliás, a Lush criou uma bomba para banhos de banheira a partir de uma sugestão de um garoto: a Toby’s Magic Cow (a vaca mágica do Toby), que dissolve em cores do arco-íris quando entra em contato com a água.

Falando em varejo, também foi destaque a notícia dada durante o evento de que a gigante chinesa AliBaba vai se expandir para o mercado europeu, com foco em abastecer pequenas e médias empresas.

Quem deu a notícia foi o presidente da Alibaba.com, Kuo Zhang, em um timing propício: aproveitando o vácuo deixado pela ausência da Amazon no evento. O plano da Alibaba: atender 200 mil empresas no continente europeu, que podem vender para 40 milhões de clientes potenciais.

Para auxiliar os futuros compradores da companhia chinesa, quem entra em campo? Ela mesma, a inteligência artificial. O novo assistente criado pela Alibaba permite aos usuários listar produtos e fazer conexão entre fornecedores e compradores de maneira simplificada.

Ao final do evento, a lição é que podemos gostar ou não da inteligência artificial, mas é fato que ela veio para ficar. E quem se adaptar a ela ganha uma ferramenta a mais para fazer bons negócios. Você já está por dentro dessa tendência?

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