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O WhatsApp agora permite comunidades. A ferramenta é uma boa para marcas?

Estar próximo dos clientes nunca foi tão importante para as marcas. No entanto, mais do que ter contas nas principais redes sociais, é preciso se conectar e dar voz ao público-alvo da empresa. Justamente para manter esse relacionamento, o conceito de comunidade está ganhando cada vez mais força no mercado.

Não à toa, o WhatsApp lançou recentemente uma ferramenta para a criação de comunidades. Trata-se de um canal em que as marcas podem fazer a gestão de diversos grupos, que podem tratar de assuntos distintos, mas têm algo em comum: o gosto ou interesse pelo universo que envolve os produtos ou serviços da empresa.

A ferramenta ainda não está disponível no Brasil – o aplicativo de mensagens fez um acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para disponibilizar o recurso só depois das eleições, e ele deve chegar aos usuários brasileiros em 2023. Contudo, as empresas já podem incluir a criação de comunidades em sua estratégia de marketing para o próximo ano.

Neste texto, exploramos o tema para que você entenda se essa é a ferramenta certa para o seu negócio – e como utilizá-la da melhor maneira. Siga com a gente!

Como funciona na prática

Atualmente, o WhatsApp é a rede social mais comum no país e está presente em 99% dos smartphones, diz pesquisa da Infobip (Plataforma Global de Comunicação para Empresas). Além disso, o levantamento aponta que 80% usam o aplicativo para se comunicar com marcas. Por isso, criar uma comunidade nessa plataforma pode ser mais vantajoso do que em outros aplicativos que possuem recursos semelhantes, como Discord e Telegram.

Resumidamente, a ideia é que todos os grupos fiquem sob um guarda-chuva no qual é possível enviar a mesma mensagem para todos ao mesmo tempo ou individualmente. Ao contrário de outras plataformas, só será possível ingressar em um desses canais caso o administrador adicione a pessoa ou aceite a solicitação. Portanto, possibilita a segmentação de cada grupo de acordo com as necessidades da empresa.

Veja alguns exemplos:

  • Uma marca de roupas pode manter um canal para clientes fidelizados, os brandlovers, para enviar cupons de desconto e promoções exclusivas, e outro com a base de contatos mais ampla, com foco na divulgação de novidades. Porém, ambos podem receber comunicados de liquidações e sobre o funcionamento da loja.
  • Uma escola pode ter um grupo de pais para cada turma de alunos, enviando comunicados relacionados às atividades de cada grupo ou informativos gerais, como período de férias e eventos que incluam todos os estudantes.
  • Uma pequena indústria pode ter um canal com grupos para cada um dos setores, outro apenas para gestores e outro para comunicados gerais, além de canais para comunicação com clientes e fornecedores.

A atualização irá adicionar outras funcionalidades, como a possibilidade de somar 1.024 membros em um grupo – hoje, apenas 256 são permitidos. Também será permitida a criação de enquetes no chat e chamadas de vídeo com até 32 pessoas.

Quais são as vantagens

Conforme mencionado, o fortalecimento do relacionamento com o cliente é a principal vantagem das comunidades. Isso porque elas promovem o diálogo direto entre a marca e seu público, e devem ser um canal aberto para feedbacks positivos e negativos, aumentando a credibilidade da marca. Além disso, são uma oportunidade para a empresa entender do que as pessoas gostam e o que pode ser melhorado.

O diálogo com o público também permite o surgimento de novas ideias e até mesmo a criação de novos produtos ou serviços com base nas preferências da comunidade. A marca de roupas Lela Brandão Co., por exemplo, criou uma coleção de biquínis tendo como base as respostas de clientes, que sugeriram cores, modelos e tecidos para as novas peças.

Comunidades e criação de conteúdo

Aliás, as comunidades também são uma ferramenta para criadores de conteúdo. Hoje, alguns influenciadores mantêm canais, principalmente no Telegram, para a divulgação de promoções ou debates pertinentes aos temas de que tratam nas redes sociais. As newsletters também são uma maneira de se comunicar com um determinado público.

A consultora de moda Thais Farage envia uma newsletter gratuita com pistas de estilo baseadas na dúvida de leitores – por exemplo, como criar camadas de roupa para enfrentar os dias mais frios. Recentemente, ela também criou a Galerada, uma comunidade paga para discussões sobre moda e estilo, incluindo um clube do livro.

A escritora e podcaster Camila Fremder criou a Associação dos Sem Carisma, também concebida em forma de newsletter semanal. Com a ajuda de outras criadoras de conteúdo – Isabela Reis, Taizze Odelli e Bertha Salles –, são levantados temas como relacionamento, maternidade, entretenimento e saúde mental.

Além disso, Camila tem a Associação dos Camilers, um canal no Telegram para discussão de assuntos diversos e envio de depoimentos para participação nos episódios do podcast.

O consultor e palestrante André Carvalhal também tem uma newsletter sobre tendências, principalmente de marketing, sustentabilidade e comportamento. Os assinantes, além de receber uma curadoria mensal de conteúdos, têm acesso a benefícios como descontos em marcas parceiras.

A tendência é que parte dessas comunidades migre agora para o WhatsApp – e novos conceitos também surjam dentro da plataforma. O importante é ter criatividade, fornecer bom conteúdo e dedicar atenção ao crescimento desses grupos – afinal, ninguém vai se lembrar do seu grupo se receber uma mensagem por mês, não é?

Não sabe como incluir as comunidades na estratégia da sua marca? A Jahe Marketing pode te ajudar! Consulte-nos e saiba mais!

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