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O YouTube é a “nova TV”? Sim, e as marcas também podem conquistar espaço!

Um levantamento da empresa de inteligência de mercado Statista, baseada na Alemanha, mostrou que o negócio de anúncios do YouTube já está encostando no lucro da Netflix. Os quase US$ 29 bilhões arrecadados no ano passado pela companhia, parte do conglomerado do Google, representaram aumento de 46% em relação a 2020. A Netflix fechou 2021 ligeiramente à frente, com R$ 30 bilhões, e em meio a uma crise marcada pela queda do número de assinantes.

Se parte do crescimento do YouTube pode ser creditada ao período mais duro da pandemia de Covid-19 e ao isolamento social, há de se levar em conta, também, que as restrições começaram em 2020, junto com sua onda de lives, e não foram um evento isolado no ano de 2021.

O tempo que foi gasto dentro de casa é um fator a ser reconhecido, mas os hábitos de consumo audiovisual também mudaram. E essa alteração na audiência também impacta a percepção das marcas em relação a onde investir seu budget de publicidade, ou seus esforços criativos.

Em um artigo publicado no portal Digital Marketing Institute, Brendan Almack, diretor da Wolfgang Digital, comenta que entre a saída de investimento da TV tradicional e a fragmentação surgida com as diversas opções de serviços de streaming, mais gastos estão sendo transferidos para o YouTube. Sabe por quê? É mais barato investir lá do que firmar parcerias com gigantes como a já citada Netflix, HBO, Globo, ou a Disney.

“O CPV (custo por visualização) ainda é muito barato, e as grandes marcas não estão lá. Ou não estão fazendo isso muito bem. Isso significa que todos podem obter uma vantagem competitiva aplicando uma estratégia de publicidade acertada no YouTube”, afirma o executivo da respeitada agência digital irlandesa.

Uma tela para a distração adolescente | Essa consolidação do YouTube em um espaço em que a TV convencional reinava absoluta não mudou um hábito do ser humano: manter uma tela ligada sem que se preste muita atenção, ou, enquanto se cuida de outros afazeres, “para fazer companhia”.

A diferença está na interatividade. O YouTube oferece conteúdos cada vez mais nichados. Acessamos facilmente resenhas sobre produtos, vídeos de react (nos quais somos tragados pela curiosidade de assistir alguém reagindo a uma cena de filme, séries ou memes), conteúdos sobre como fazer trabalhos manuais ou artesanato, e claro, canais dos próprios youtubers – pessoas mais próximas da nossa realidade do que personagens de ficção. Este é um cenário atraente para audiências no mundo todo.

Soma-se a isso o fato de que os adolescentes, população que ganha cada vez mais a atenção das marcas, gostam de usar o YouTube. Pesquisa de 2019 realizada nos Estados Unidos pela firma de investimentos Piper Jaffray mostrou que, naquele ano, o YouTube era a preferência de 37% dos adolescentes entrevistados, ainda que a Netflix estivesse próxima: 35%. A diversidade de conteúdos era um fator principal.

Todos esses fatores combinados mostram que, em primeiro lugar, a plataforma de vídeos do Google não deve parar de crescer, e existe um público diverso (e que inclui os mais jovens) que considera o YouTube a principal tela para se distrair. Ou obter informação sem o compromisso de horas em um mesmo programa.

Enxergar o YouTube como a “nova TV” pode ser uma filosofia interessante para marcas que desejam explorar a versatilidade da plataforma. Seja criando vídeos no estilo tutorial ao apresentar produtos, ou, até mesmo, criando um projeto de podcast transmitido dentro de um estúdio de gravação (ou, quem sabe, dentro do refeitório da firma, se essa linguagem fizer sentido para o seu negócio. A criatividade é o limite).

O fato é que o formato de podcast com programas que podem ser consumidos na forma de vídeo tem sido bastante popular, e exige uma produção menos complexa. É a opção de sucessos brasileiros como o Podpah, com mais de 5 milhões de inscritos; o Flow, com 3,8 milhões; e o Poccast (1,4 milhão de inscritos), para ficarmos nos nacionais.

Para inspirá-lo e ajudar o seu negócio a crescer na plataforma, separamos algumas dicas!

  • O YouTube é, primariamente, uma plataforma de vídeos, certo? No entanto, ele tem diversos mecanismos de rede social. Então, apesar de não ser uma rede de postagens como o Instagram, ou até mesmo o TikTok, o seu conteúdo precisa ser compartilhável. O seu público precisa sentir urgência em dividir a informação com mais alguém.
  • Cuidar da linguagem também é essencial, pois mesmo que você produza um conteúdo de nicho, atrair novos usuários é importante para que seu alcance cresça. Públicos diferentes podem encontrar novas utilidades para o que você tem a oferecer.
  • Muitos criadores contam com apenas uma pessoa na equipe: eles próprios. Mas, caso você tenha uma equipe de comunicação e marketing com você, avalie junto com eles o orçamento disponível. A sua programação tem de ser sustentável, para que todos os recursos não acabem com um ou dois vídeos. Para isso, um planejamento feito com o pé no chão é importante.
  • Com uma programação definida, os vídeos têm de mostrar que sua marca é uma autoridade no assunto. Isso não quer dizer que “dobradinhas” com outras empresas parceiras não sejam uma boa ideia. Parcerias rendem para ambos os lados.
  • Antes de publicar seu material, leve em conta os metadados – responsáveis por classificar e qualificar seu vídeo na plataforma. Eles fazem com que seu conteúdo seja encontrado mais facilmente e incluem o título do seu vídeo, a descrição do conteúdo e as tags.

E claro, se você jamais pensou em trabalhar uma estratégia como essa, entre em contato conosco. A Jahe Marketing tem experiência e equipe para definir um plano de marketing que tem a ver com seu negócio.

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