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O marketing pós-pandemia: descubra 5 mudanças no jeito de se relacionar com o seus clientes

É fácil indicar como a pandemia da Covid-19 alterou nosso cotidiano, especialmente quando pensamos em todas as coisas que deixamos de fazer fora de casa – e na logística imposta pelo vírus na hora de consumir produtos e serviços. Para muitos, por exemplo, quase tudo virou delivery, e escolher pessoalmente itens em uma prateleira se transformou em raridade.

Daqui em diante, mesmo com o avanço da vacinação e a esperança de que possamos voltar a um cotidiano mais próximo do normal, algumas adaptações e lições devem permanecer conosco. E aqui não estamos falando apenas da transformação nos hábitos dos consumidores, mas também da necessidade de adaptação para marcas e companhias –afinal, o segundo não existe sem o primeiro.

Um artigo recente publicado pela consultora Janet Balis na prestigiada Harvard Business Review aponta algumas mudanças na comunicação e marketing dos negócios que se consolidarão no tão esperado período pós-pandemia.

Neste texto, separamos alguns dos principais pontos explorados por ela, que é líder global de Mídia e Entretenimento da EY, para que você se inteire das novas tendências e leve-as em consideração na sua estratégia para ampliar a conexão com o seu público e, claro, aumentar suas vendas. Siga conosco!

1) O marketing precisa trabalhar cada vez mais com segmentação. E isso significa ir além de traçar um esboço de quem seria seu cliente ideal a partir de dados demográficos muito abrangentes, tomando por base somente idade e gênero. É preciso ir além, e conhecer seus hábitos, o que costumam consumir, as causas que apoiam, suas atitudes e crenças. O motivo é que uma mensagem comercial sem qualquer valor humano irá somente afastá-los da sua marca.

2) Ao invés de competir com a concorrência, as marcas agora competem com a experiência que a concorrência traz. Assim, não basta mais ter o melhor produto ou serviço. É claro que ele precisa ter qualidade, mas a maneira como você o oferece, e a experiência de compra também contam – e muito! Com isso, estamos falando também do grau de customização que você consegue oferecer e como são os canais de pós-venda. Se o consumidor pressentir que pode ter problemas na hora de falar com sua marca, você perderá seu lead.

3) Os consumidores não esperam que você tenha o que estão procurando. Eles esperam que você tenha exatamente o que estão procurando. Parece a mesma coisa? Não é. A exatidão na demanda do consumidor só pode ser atendida com uma camada extra no seu canal de comunicação com seu público. E com isso, estamos falando da capacidade de processamento de dados da inteligência artificial. As informações analisadas por esse tipo de ferramenta – big data, cruzamento de dados e serviços de observabilidade – aumentam o alcance do que Janet Balis chamou de “quatro Cs”. Eles são:

– Conteúdo: que pode ser oferecido em newsletters, ou aplicativos para smartphones
– Comércio: pense no potencial multicanal, estando presente em lojas, e-commerce, etc.
– Comunidade: feiras virtuais, redes como Twitch e Discord, webinars etc.
– Conveniência: como cupons de desconto para compras online, benefícios de um programa de fidelidade ou ações em conjunto com outras marcas. Por exemplo: quem se lembra de quando o serviço de streaming do Grupo Globo, o Globoplay, ofereceu uma dobradinha de assinatura com a sua contraparte da Disney, o Disney+, recém-chegado ao Brasil?

4) Se antes o marketing era uma relação que valorizava o contato pessoal, agora estamos na era do encontro virtual. Verdade seja dita: entre períodos de quarentena e distanciamento social, o contato próximo ou desapareceu ou foi muito diminuído. Durante esse período, uma estratégia que já vinha se tornando tendência passou a ser a prática geral de muitas empresas. Em vez de trabalhar sua marca junto ao maior número possível de pessoas, com o chamado marketing de massa, você deve se voltar a criar leads com mais eficiência – uma estratégia chamada de marketing de desempenho. Como resultado, uma tendência que deve permanecer é o trabalho mais próximo entre o time de relacionamento com o cliente e a equipe de mídias sociais.

5) Afinal de contas, reforçar relacionamentos é tarefa que importa mais do que nunca. Com todo o cenário de retração econômica mundial, companhias de todos os setores e tamanhos tiveram momentos de incerteza, e lançaram mão de conexões estreitas com consumidores e parceiros comerciais para navegarem pela turbulência. A maior seguradora do mundo, a suíça Swiss Re, calcula um prejuízo global de US$ 13 trilhões até o final de 2021 em razão do coronavírus.

E nesse cenário de insegurança, às relações sólidas importam cada vez mais, principalmente nas interações B2B, ou seja, entre empresas. E, em conjunto, elas devem oferecer soluções, muito mais do que produtos. Transparência e compromisso com os clientes valem mais do que uma venda rápida. Assim, os consumidores na ponta desse processo podem fazer escolhas melhores conhecendo as empresas com as quais estão se relacionando.

Separamos também alguns artigos que já publicamos aqui em nosso hub de conteúdo que têm tudo a ver com o que esperar do futuro:

ESG é a nova bússola dos negócios – e o marketing pode fortalecer seu impacto – Foi-se o tempo em que bastava dizer que o objetivo do seu negócio era crescer e gerar lucro para ser bem visto pelo mercado. Cada vez mais, adotar as melhores práticas sociais, ambientais e de governança se torna tão importante quanto manter a saúde financeira do negócio.

Já é possível estar em diversos lugares ao mesmo tempo – e com um só clique: conheça as vantagens da mídia programática – Trata-se de um jeito de automatizar a veiculação de anúncios e propagandas da sua companhia: em vez de contatar direto um veículo de imprensa, por exemplo, para comprar um anúncio, essa transação acontece por meio de uma plataforma tecnológica”.

Ponto de venda agora é ponto de experiência – inspire-se para fazer essa transformação no seu negócio! – Ambientes nos quais o público tem um contato mais interativo e inteligente com as marcas, e uma oportunidade de reunir tendências e demandas do consumidor. Geralmente, esses espaços agregam ao mix de ofertas físicas as facilidades do mundo conectado. E, em vez de somente disponibilizar o produto, mostram como ele pode facilitar ou melhorar a vida do público.

Fica claro, com tudo isso, que o investimento em tecnologia será cada vez mais decisivo, mas sem nunca deixar de lado o fator humano em nossas conexões. Cara a cara, ou a distância.

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