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Game as a Service (GaaS): o que a tendência tem a ver com seu negócio

Seja em um console de videogame ou no celular, os games fazem hoje parte da rotina moderna. E essa relação cresceu ainda mais com a pandemia. Um terço dos consumidores assinaram algum serviço de videogame pela primeira vez em 2020, aponta o relatório de tendências da Deloitte. Por aqui, segundo a Pesquisa Game Brasil, 72% das pessoas costumam jogar jogos eletrônicos.

Assim como os demais setores, o mundo dos games também passa por transformações. Uma das novidades é o crescimento do Game as a Service (GaaS). Nessa modalidade, que em português se chama jogo como serviço, são oferecidas opções de compra ou assinatura de serviços, recursos ou itens especiais que não estão incluídos na versão comprada ou adquirida gratuitamente pelo usuário do game.

Trata-se de uma estratégia para criar novas receitas dentro do mesmo universo. É possível, por exemplo, adquirir poderes e trajes especiais, desbloquear opções de socialização e mundos exclusivos, e até mesmo permitir a evolução para fases inéditas. Alguns casos famosos que adotam o modelo são World of Warcraft, Fortnite, Pokémon Go e Candy Crush.

Mesmo que a gamificação não faça parte do seu plano de negócios, a sua empresa tem muito a aprender com o GaaS. A Jahe Marketing reuniu algumas dicas de como esse conceito pode ajudar na hora de desenvolver estratégias de marketing. Vem com a gente!

Microtransações
Nos jogos eletrônicos, as microtransações são utilizadas para compra de acessórios, opções de jogo, entre outras possibilidades. Com isso, a empresa mantém a lucratividade mesmo após a venda do jogo-base e o cliente tem sempre alguma novidade para desbloquear, aumentando o engajamento e a fidelização deste usuário – aqui está a arma para os profissionais de marketing.

Uma novidade do segmento é que agora parte dessas transações já acontece utilizando as chamadas criptomoedas, moedas virtuais que podem existir fora do jogo ou serem criadas exclusivamente para a utilização naquele ambiente.

Fora do universo dos games, a ideia é incentivar a compra de um item atrelado a algum serviço ou objeto de desejo. Há um leque de possibilidades, tais como aquisição de um produto atrelado à participação em um sorteio ou ao acesso a um evento exclusivo.

De maneira simples, é como a rede de fast-food onde a compra pelo aplicativo – apenas pelo aplicativo – dá a opção de comprar um combo com lanche, batata frita e refrigerante por um preço X, mas com um valor adicional Y – normalmente baixo, como R$ 1 ou R$ 2 – é possível aumentar o tamanho da porção das fritas ou da bebida.

As opções são diversas e se aplicam também para o marketing de influência. Nesse caso, o alvo do consumo inicial é a própria figura pública – ela seria o jogo-base. Supondo que essa pessoa fale sobre moda e dá dicas de como se vestir, onde encontrar determinado tipo de roupa etc., a microtransação pode incluir uma assinatura mensal para participar de um grupo com dicas exclusivas ou a compra de um curso ou produto – equivalente ao desbloqueio de acessórios nos games.

Conteúdo
Antes do GaaS, a comunicação dos desenvolvedores de games focava estratégias para o lançamento. Conforme as microtransações foram ganhando espaço, o conteúdo precisou ser repensado para reter e engajar os jogadores, mantendo o interesse nas novidades e nos conteúdos.

No marketing, isso significa que o conteúdo da marca deve estar em constante atualização, de olho nos desejos do consumidor. Resumidamente, a estratégia deve ser pensada para novos produtos ou para a atualização de antigos, e não no produto antigo, de maneira engessada. Isso vale tanto para o conteúdo do game em si quanto para campanhas nas mídias sociais.

Por exemplo: de nada adianta a Ubisoft ficar divulgando o Just Dance 2022, cujas músicas podem ficar obsoletas ou o jogador pode enjoar, sem adicionar novas opções. Neste caso, o usuário paga uma mensalidade para ter acesso a novas canções exclusivas.

Aqui, também fica a lição de gamificação das marcas. As experiências imersivas têm ganhado espaço, como um aplicativo do programa de decoração Irmãos à Obra, transmitido no Brasil pela Discovery. Nele, há um jogo puzzle (no mesmo estilo do Candy Crush), onde o usuário ganha moedas para comprar itens de decoração e cumprir a missão de decorar um determinado ambiente – assim como os apresentadores fazem no programa.

Publicidade
A expansão do mundo dos games ampliou as barreiras da publicidade. Anunciar dentro dos jogos eletrônicos já é uma realidade que beneficia todas as partes – desenvolvedores (lucro com a parceria e maior engajamento), marca (aumento do reconhecimento e fidelização) e gamers (mais possibilidades de personalização).

No entanto, é preciso ficar atento ao anunciar ou fazer algum tipo de parceria deste tipo. Isso porque a localização, o formato e o timing da publicidade fazem a diferença entre cativar ou incomodar o usuário.

Exemplo é a Nike, que lançou uma linha de acessórios para o Fortnite. A marca ofereceu trajes completos para o avatar do jogador. Isso aumentou não só o lucro da empresa pela compra em si, mas também por despertar o desejo de obter aqueles produtos na vida real.

Outra estratégia para ‘surfar’ na onda dos games é o exemplo dos diversos bancos brasileiros que estão patrocinando equipes de jogadores profissionais de Free Fire, Fortnite e outros jogos. No passado, as instituições financeiras jamais imaginariam patrocinar um time que não fosse de esportes tradicionais, como futebol, basquete ou vôlei.

Quer saber a melhor maneira da sua marca adotar as estratégias do GaaS? A Jahe Marketing pode te ajudar!

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