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Conteúdo é rei, mas são os dados que garantem a coroa – como usá-los para chamar a atenção do seu público?

Você há de concordar que, com a velocidade das mudanças no mundo digital, 15 anos soam como uma eternidade. Por isso, é surpreendente que uma frase proferida em 2006 não seja apenas atual, mas defina exatamente o momento vivido hoje pelo marketing digital.

Foi naquele ano que o matemático inglês Clive Humby cunhou a frase “Os dados são o novo petróleo”. E, de fato, essa é uma tendência que só desenvolveu desde então. As informações que o uso de ferramentas digitais nos fornece hoje podem não apenas guiar a produção de conteúdo de marcas, como também permitem uma segmentação nunca antes vista de quem vai recebê-lo, quando e onde.

Até porque, diferentemente do petróleo, os dados são de fonte bastante renovável – a cada dia, mais e mais deles são gerados pelos usuários na internet. Aliás, a quantidade de informação digital desde o ano da frase (2006, para quem já esqueceu) aumentou 74 vezes! A conta é de Hugo Cen, em um artigo publicado no portal Entrepreneuer.com, em maio de 2021.

Então, se o seu interesse é criar conteúdo online – como campanhas de marketing, textos para um blog, um canal de vídeo ou um programa de áudio, como podcasts – coletar e organizar os dados é uma tarefa cada vez mais importante.

E isso nos leva a outra máxima da internet: “O conteúdo é rei”, criado pelo fundador da Microsoft, Bill Gates, em 1996. De fato, um bom conteúdo é crucial para gravar o nome da sua marca na mente e no coração dos clientes. Aliado ao conhecimento que os dados proporcionam, então, ele pode operar verdadeiros milagres!

Assim, como numa boa receita, você precisa começar com ingredientes de qualidade (informações exclusivas, dicas de especialistas, ou simplesmente um material que possa divertir e distrair sua audiência). Mas o modo de preparo tem de levar em conta os dados que o ambiente digital pode te fornecer.

Agora, você deve estar se perguntando: mas essa opção é para todo mundo? E, se sim, por onde eu começo? Neste artigo, vamos nos aprofundar nas maneiras de usar dados para criar conteúdos relevantes. Siga com a gente!

Ah! E se o custo de soluções digitais são um problema para você, aqui vai um spoiler para começar com o pé direito: muitos dos serviços são gratuitos!

Todo mundo pode usar?

Sim! Como dissemos acima, negócios de todos os tamanhos (e bolsos) podem utilizar dados digitais para contribuir para o desempenho de suas ações de marketing digital. Para isso, desenvolver uma estratégia é essencial – com os dados, mais do que nunca, saber organizar e planejar será vital para o seu sucesso.

Três itens não podem sair da sua cabeça: 1) Um bom plano de ação; 2) Como executá-lo e 3) Como medi-lo. Se você acompanha os nossos conteúdos já sabe que temos diversas dicas de como planejar as ações de marketing da sua empresa.

Com isso feito, há algumas opções para coletar e utilizar os dados a seu favor! A seguir, discutimos algumas delas.

1. Segmentação

Não há nada de errado em trabalhar com tentativa e erro, principalmente no começo de um plano, até que as engrenagens estejam funcionando bem. É importante saber reconhecer o que não está bom, e fazer ajustes no seu trabalho ao longo de um tempo.

Seu texto não teve a audiência esperada? Ok, como será a abordagem do próximo? Se você publicar esse material em redes sociais, uma alternativa sem custo para obter informações são os perfis corporativos nessas plataformas, as contas business disponíveis em praticamente todos eles, como Facebook, Instagram e TitTok. O Twitter, sobre o qual você consegue ler mais neste link, criou o Twitter Analytics também para esse fim.

Aprendendo, por exemplo, qual é a idade e o gênero das pessoas que mais acessam seu conteúdo, e o horário e dia da semana em que isso acontece, já é possível começar a traçar algumas linhas sobre como os próximos conteúdos devem ser.

Um segundo passo é apostar em ferramentas como a mídia programática, que utiliza plataformas mais sofisticadas para entender o perfil de consumidor que está mais propenso a fechar negócio com você – e colocar seu anúncio exatamente onde ele está.

Ao contratar uma plataforma de mídia programática, você tem mais insights de quem se interessa pela sua marca. Mas fique atento! Ao ampliar seu alcance dentro de um público específico, você deve estar preparado para atendê-los de maneira mais especializada, o que significa exigências maiores.

2. App próprio?

Se diversas companhias utilizam espaços como marketplaces e aplicativos de delivery para ampliar o alcance de suas ofertas, algumas empresas têm optado pelo caminho inverso, buscando desenvolvedores para garantir um aplicativo próprio. Uma das vantagens é, justamente, o maior controle sobre os dados – afinal de contas, a plataforma é sua. E o Brasil é terreno fértil para esse modelo.

Para se ter uma ideia da força dos apps no comércio varejista hoje em dia, um dado: de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Statista, em março de 2021 aproximadamente 36% dos usuários de smartphones no Brasil fizeram compras pelo app do iFood.

Em segundo lugar, está o Mercado Livre, com 33%. E 8% dos entrevistados disseram que já haviam feito pedidos por meio do WhatsApp.

Para imaginar a audiência potencial do seu aplicativo (ou de um site bem desenvolvido para uso no celular), leve em consideração que o Brasil tem mais de um smartphone por pessoa. Se levarmos em conta todos os dispositivos digitais, o número fica ainda maior. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número é de 440 milhões de dispositivos, entre celulares, notebooks e tablets. É mais do que dois aparelhos por pessoa!

Por isso, investir em um aplicativo no qual sua companhia tem controle de como os dados são utilizados pode ser uma boa ideia para estreitar a conexão com seus consumidores.

Uma boa maneira de decidir se esse é um investimento que vale a pena é calcular, por exemplo, o custo de aquisição por cliente (CAC) que sua companhia possui. Ele é calculado pela soma dos investimentos feitos em Marketing e Vendas dividida pelo número de clientes conquistados em um mesmo período.

3. O tal do CRM

O trabalho bem alinhado entre as equipes de venda e marketing é um ativo cada vez mais essencial para o sucesso das empresas. Ele influencia diretamente a experiência do cliente, e o bom uso de plataformas CRM pode ajudar bastante seu negócio. A sigla vem do inglês Customer Relationship Management.

Elas servem para gerenciar o relacionamento com sua carteira de clientes, e armazenam e analisam os dados gerados nessa relação. Ou seja, com base nas informações, sua equipe consegue atender melhor os compradores, e a divisão de marketing consegue conhecer melhor quem são as pessoas que procuram seu negócio.

Para pequenas ou médias empresas, uma das vantagens de apostar nesse tipo de sistema é o fato de que diversas plataformas permitem uso gratuito até um certo número de contas ou usuários, e atualmente, aceitam integração automática com o WhatsApp.

O aplicativo de mensagens se transformou em um canal de comunicação muito utilizado por negócios, principalmente durante a pandemia de Covid-19. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas, (Abevd), o uso do WhatsApp como canal de vendas cresceu 84,7% no Brasil em 2020.

Bom, já deu para perceber que, para melhorar a relação do seu negócio com os dados, não existe receita mágica, né? Todas as dicas apresentadas aqui requerem esforço do seu time, e possuem uma curva de aprendizado.

Esperamos que esse artigo possa inspirá-lo, mas não pense duas vezes antes de consultar um especialista em marketing para dar seus primeiros passos!

E lembre-se que toda a estratégia de marketing que usa dados de terceiros deve levar em consideração o fato de que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais já está valendo em solo nacional. Conhecida como LGPD, ela estabelece uma série de regras para o uso de informações pessoais dos cidadãos.

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