Ao iniciar um negócio, é natural querermos que ele sobreviva da maneira mais saudável possível. Mas na prática essa tarefa nem sempre é fácil. Segundo o Mapa de Empresas, idealizado pelo Governo Federal, foram extintos 2.153.840 negócios em 2023, o que representa quatro empresas fechadas por minuto!
Além disso, de acordo com o estudo Saúde e Performance de Pessoas Empreendedoras, realizado pela Endeavor em parceria com BID Lab, ANDE e Flourish Ventures, 94% das pessoas que investiram no próprio negócio sofreram com questões de saúde mental durante o processo de empreender.
Ou seja, vamos combinar: em um cenário assim, fazer o feijão com arroz é muito mais atraente para muitos empreendedores. Trata-se de um mar onde a sensação é que arriscar-se com criatividade pode trazer mais dores de cabeça do que benefícios.
Mas ousar, e tentar se diferenciar da concorrência é essencial. Então, como sair desse paradoxo? Separamos algumas dicas que te ajudarão a convencer clientes e diretores mais temerosos a investir em criatividade e inovação.
Olhar de turista | Sabe aquela vibe de turista, quando você está em outro estado ou país e repara em tudo, desde a arquitetura até o jeito que o povo atravessa a rua? Pois é, estimule seu cliente ou os gestores a manter ligado “o modo turista” no próprio negócio. Isso vai estimulá-los a prestar mais atenção, a reparar em tudo quase o tempo todo. Dessa forma, a criatividade estará sempre em atividade e será possível enxergar as melhores oportunidades e evitar adversidades.
De volta para o futuro | Quer fechar um baita contrato com potencial de longo prazo ou manter aquele cliente com anos de casa? Então, você deve ajudá-los a visualizarem as ideias, os planos e a ação de forma bem concreta. Não só prometa um aumento no lucro ou crescimento, mas mostre o filme de como vai ser esse futuro. Pense assim: daqui a um ano, como essa empresa vai estar? Equipe feliz, clientes satisfeitos, metas batidas… e talvez até aquela festa de fim de ano onde todo mundo esquece de bater o ponto. Mostrar o futuro faz toda a diferença!
Argumento lógico e simples | Ok, vender uma ideia meio “diferentona” sem provas concretas pode virar um tiro no pé. Então, se quer que levem sua proposta a sério, tire as variáveis e incógnitas da equação. Coloque na mesa um cronograma, custos estimados, possíveis parceiros. Pode ser tudo hipotético, mas o segredo é mostrar que o plano é bem amarrado. E só um lembrete: “olha como é legal” não vale como estratégia.
Portfólio e resultados | Tem uma ideia nova? Excelente! Agora, que tal respaldá-la com uma boa história de sucesso? Use estudos de caso, compartilhe uma experiência parecida em que você mandou muito bem. Isso não só ajuda a validar sua ideia, mas também dá aquele toque de “eu sei o que tô fazendo”.
Altenburg
Por falar em história de sucesso, apresentamos o case da Altenburg, empresa com mais de 100 anos de vida sempre atuando no segmento de cama, banho e decoração para o lar. É líder na fabricação de travesseiros da América Latina. A marca foi um dos destaques do RD Summit, o maior evento de marketing do Brasil, que aconteceu entre os dias 6 e 8 de novembro em São Paulo.
Os executivos da empresa compartilharam as estratégias de e-commerce, marketing digital e venda presencial. A empresa é um ótimo exemplo de como a marca não ficou parada no tempo e soube se atualizar, manter-se em constante evolução, sempre amparada com estratégias sólidas e um planejamento estruturado.
Mondelez
A Mondelez é um conglomerado multinacional norte-americano de alimentos. Ela é dona das marcas Toblerone, Lacta, Milka, Oreo, Trakinas entre tantas outras. A empresa foi fundada em 2012 como resultado da divisão da Kraft Foods. Até recentemente, o público de maneira geral talvez nem soubesse da existência da Mondelez. Afinal, seus doces já são marcas conhecidas e praticamente se vendem sozinhos.
Porém, este ano, a empresa decidiu dar um passo além e sair da toca.
O doce Bis é um wafer crocante recheado e coberto com chocolate Lacta. A Mondelez viu a oportunidade perfeita de exposição ao comprar os direitos de nome do Estádio do Morumbi e, desde então, o estádio é chamado de MorumBIS. Neste caso, vemos como um chiste se tornou um case de marketing de sucesso e como uma empresa que poderia continuar na sua zona de conforto, se lançou em um novo segmento: o futebol.
Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=kUTrZUmNPv4
Marvel
Você sabia que a Marvel já faliu?
Nos anos 1990 a companhia sofreu uma queda vertiginosa na venda de seus quadrinhos, acumulando prejuízos e crescente dívida até pedir falência em 1996.
Durante esse período, a empresa procurou formas de obter novas receitas e entrar em novos mercados. Nesta mesma época, vendeu os direitos de cinema e suas duas principais franquias, Homem-Aranha e X-Men, para estúdios consagrados de Hollywood, como a Fox e a Sony. Deu certo e a empresa começou a planejar um universo cinematográfico com personagens e histórias consideradas menos populares.
A partir do filme do Homem de Ferro, em 2008, estrelado por Robert Downey Jr., que deu início ao Universo Cinematográfico da Marvel, a empresa começou a ganhar muito dinheiro com os filmes e licenciamentos e acabou sendo comprada pela Disney, que viu no modelo de negócios uma grande oportunidade para amplificar seus lucros.
Aqui, vemos como uma marca soube aceitar sua realidade naquele momento e, com paciência e humildade, foi entendendo o mercado e os consumidores para conseguir se reerguer. Mas esperamos que o seu negócio não chegue à beira da falência para que você invista em criatividade e inovação.
Entendemos que existem pessoas avessas à mudança, mesmo que isso signifique a sobrevivência do negócio, além daqueles que não aceitam ser contrariados. No entanto, no mundo de hoje, a evolução tem que ser rápida e dinâmica. Obviamente, isso não significa que deva ser feito sem um planejamento adequado e robusto.
Então, caso esteja com dificuldade em aflorar a criatividade para inspirar seus clientes a inovarem, venha tomar um café conosco para discutirmos os melhores caminhos para a estratégia de marketing ideal para você e para o seu cliente.
Vamos conversar?