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2022 já está cheio de cases inspiradores de marketing e vendas. Descubra quais são eles!

Estamos quase chegando à metade de 2022, e a sensação por aqui é a de que os acontecimentos não param! Já tivemos Carnaval fora de época, a volta dos grandes eventos presenciais, como feiras de negócios, shows, congressos e festivais (a exemplo do enorme Lollapalooza) e, claro, muita novidade no universo do marketing!

Como as marcas vêm se comunicando com os consumidores em 2022? O que vimos de tendências até aqui? Nesta primeira coletânea dos melhores casos do ano, reunimos alguns exemplos que chamaram a nossa atenção – e podem servir de inspiração para o seu negócio! Vamos ver quais são eles?

Baile da Vogue

O baile da edição brasileira da revista Vogue retornou depois de um hiato causado pela pandemia. Neste ano, a festa teve a “Brasilidade Fantástica” como tema, celebrando a Semana de Arte de 1922 e o Modernismo.

A volta do evento registrou recorde de faturamento, com 27 parceiros entre apoiadores e patrocinadores. A festa recebeu ativações de marcas como Beefeater, Mastercard, Eudora e Kia Motors, e também decidiu mudar a maneira de comercializar seus concorridos convites: a Globo Condé Nast vendeu apenas lotes corporativos, que se esgotaram rapidamente.

Em um momento de intensas discussões sobre questões sociais, a organização também teve o cuidado de alertar seus convidados sobre figurinos que poderiam ser ofensivos a grupos minoritários, mostra esta reportagem do Meio e Mensagem. Entre as fantasias que foram criticadas em edições anteriores, estão aquelas que continham objetos que remetiam à escravidão, tribos indígenas ou religiões.

Deu certo: foi o maior faturamento histórico da história do baile. Prova de que, depois das polêmicas e críticas recebidas pelo evento em 2019, a editora soube reformular o produto com maestria.

Tidal

Se comparados aos do líder de seu segmento (o Spotify, com cerca de 150 milhões de assinantes), os números da plataforma de áudio Tidal parecem modestos. Calcula-se que sejam de 1 a 5 milhões de usuários.

Todavia, além da aposta do Tidal de oferecer áudio de alta resolução, e a presença de artistas que atualmente se recusam a concordar com o modelo de negócios do Spotify, a plataforma agora está investindo em dialogar melhor com o público brasileiro.

Um dos principais motivos é o lançamento da “Arena”, batalha de rimas entre rappers com três episódios, em parceria com a Batalha da Aldeia (o maior grupo do segmento no país).

A ideia do serviço é aumentar a visibilidade de artistas em ascensão e reforçar a presença no mercado brasileiro, que já possuía conteúdo exclusivo em forma de entrevistas com artistas como Duda Beat, Baco Exu do Blues, entre outros.

Anitta e “Envolver”

Em que pese o fato de que cerca de 60% dos acessos da canção “Envolver” no Spotify terem sido de origem brasileira (o que fez alguns questionarem o número 1 global da cantora na plataforma), Anitta sabe que criar um hit envolve muito mais do que compor uma faixa de qualidade.

Com Envolver, a artista conseguiu chamar atenção de uma audiência inquestionavelmente massiva com o single em espanhol. Tudo graças a um refrão pegajoso e uma estratégia de marketing que girava em torno de um desafio de dança.

Copiar os passos da cantora no clipe da música virou uma febre, que gerou 33 milhões de visualizações no TikTok e milhares de vídeos de usuários espalhados pela Internet. Além disso, o clipe, disponível no YouTube, já contava com 180 milhões de views no início de maio.

Anitta sabe navegar bem em diversas mídias e entende que, para além de ouvir suas músicas, seus fãs procuram produtos que agreguem mais entretenimento à sua experiência. Parece uma ótima dica para qualquer negócio, não é?

Sephora no Eldorado Shopping

A Sephora apostou na retomada do live marketing, ou seja, a volta do encontro presencial das marcas com o público, para chamar atenção no Shopping Eldorado, em São Paulo.

Entre janeiro e fevereiro, em frente à loja no centro de compras, a empresa instalou espaços para esportes de areia, dentro da ação Summer Beauty Arena. Como funcionou? Além de praticar atividades físicas – beach tennis, cross beach ou futevôlei –, os visitantes tiveram acesso a estandes de diferentes marcas como Carolina Herrera, Armani, Fenty Beauty, entre outras.

Paralelamente, a rede francesa também criou no Eldorado um espaço para aulas de automaquiagem.

Os valores dos ingressos para usar as quadras de areia podiam ser revertidos em compras em qualquer loja da Sephora.

Com essa ação, a rede de lojas participou da moda das quadras de esportes de areia que tomaram conta do país – aumentando a visibilidade da marca — e ainda garantiu um ticket de venda que, para os consumidores, tem cara de 2 em 1: acesso às quadras exclusivas, e o “vale-compra” no valor do preço gasto com a família ou amigos na areia.

IKEA

A IKEA não tem lojas no Brasil, mas é uma das redes de móveis e acessórios domésticos mais reconhecida do mundo, inclusive por aqui. Qual foi a novidade que a marca preparou para este ano? A versão impressa do catálogo foi transformada em postagens no Pinterest.

Os produtos exibidos nas imagens recebem um link no qual é possível ir para o site da empresa, e fechar a compra.

Para quem nunca utilizou a rede social, o Pinterest funciona como um quadro de cortiça virtual. É possível pesquisar interesses e “pregar” no seu mural aquilo que lhe interessa. Quem gosta por moda, decoração e artesanato, por exemplo, costuma achar a rede um prato cheio.

Além do apelo sustentável – evitando o gasto com as edições de papel – a ideia da marca era entrar em contato com dois públicos importantes para a IKEA: aqueles que gostam de trabalhos manuais no estilo “faça você mesmo” e aqueles que apreciam personalizar os produtos que compram para a casa.

McDonald’s e Burger King

Os casos envolvendo as duas gigantes redes de lanchonetes não foram positivos para as marcas, mas também servem como lição para o seu negócio. As empresas foram acusadas de veicular propagandas enganosas no Brasil. No caso do McDonald’s, foi descoberto que o novo lanche da rede, o McPicanha, não levava o corte de picanha em sua formulação. No caso do BK, o Whopper Costela também não recebia costela suína em seu preparo, mas um corte de paleta.

Diante das informações, entidades como o Procon (que defende o direito dos consumidores) e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, solicitaram explicações das duas empresas.
Nas redes sociais, ambas pediram desculpas e admitiram que os lanches não possuíam o corte prometido pelos nomes dos sanduíches. O McPicanha saiu do cardápio, e o Whopper Costela, foi rebatizado.

A lição que fica é: a conexão com os clientes deve ser transparente. Em uma época na qual o consumidor tem muito mais voz, e se comunica com outros em um piscar de olhos, o combinado não sai caro – e estratégias de vendas sem os dois pés na realidade têm vida curta.

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